FORÇA SENSÍVEL

Sensibilidade é sentimento digno apenas dos fortes, ainda que muitos afirmem o contrário, são estes os capazes de confortar e nutrir a vivacidade de outros e manter sua própria.

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É muito comum atrelar sensibilidade a fragilidade ou mesmo interpretar este sentimento como um refúgio restritamente feminino tomado por fraqueza, lamento, submissão e compassividade.
Sinalizo aqui um convite para explorar e refletir um outro viés deste sentimento que transcende a força física, do qual poucos são capazes de compreendê-lo, porém o privilégio de vivenciá-lo é generalizado nesta insconstante trajetória da vida.
Uma vez que todo ser humano é movido pelo ato de sentir e desejar o ser sensível se destaca ao identificar indícios não claramente perceptíveis. Ponderar, ouvir o silêncio, fechar os olhos e enxergar uma emoção cujo vasto vocábulo de qualquer idioma ainda nos restringe de expor verbalmente demanda inteligência emocional.
Sensibilidade é sentimento digno apenas dos fortes, ainda que muitos afirmem o contrário, são estes os capazes de confortar e nutrir a vivacidade de outros e manter sua própria.
Ressaltar a beleza deste sentimento aos que o julgam erroneamente é ofertar luz que guia o caminho para felicidade que também impõe o sentir como condicionante para presenciá-la.
Na “construção” do ser humano, aprender a conviver com a nata imperfeição é papel fundamental para a conclusão da “obra”. Talvez a sensibilidade seja mesmo um refúgio, tal como é frequentemente interpretada, onde apenas aquele que é forte pode recorrer por ser capaz de reconhecer suas fragilidades e lidar melhor com elas. Todavia, é válido ressaltar que a porta deste esconderijo jamais será aberta pela força das mãos, mas pela alma.


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